O que é o DRE?
A Demonstração do Resultado do Exercício – DRE – é um relatório contábil que evidencia se as operações de uma empresa estão gerando lucro ou prejuízo, considerando um determinado período de tempo.
A DRE é confeccionada junto com o Balanço Patrimonial, e deve ser assinada por um contador habilitado pelo CRC (Conselho Regional de Contabilidade). Pela lei, o relatório é obrigatório para todas as empresas, exceto o MEI, e deve ser feito anualmente (após o encerramento do ano-calendário, que é o período compreendido entre janeiro e dezembro de um mesmo ano).
No entanto, a importância desse documento vai além do cumprimento das exigências contábeis e fiscais. Ter este controle também é essencial para o sucesso do seu negócio.
Como fazer um DRE?
Como já informamos, a DRE somente pode ser realizada através de um contador habilitado junto ao CRC ou por Softwares que tenha essa capacidade de gerar, e a sequência de informações nela seguem um padrão quando feitas para cumprimento legal, independentemente do porte ou da natureza do negócio. De acordo com a Lei 6.404/1976, Artigo 187 (e sua modificação pela Lei 11.638/2007), o DRE tem uma estrutura simples de ser compreendida quando são analisados seus principais componentes de forma individualizada, conforme veremos a seguir:
1. Receita de vendas ou faturamento bruto
É a soma de tudo aquilo que entrou no caixa da empresa, seja em dinheiro ou em créditos relacionados à venda de materiais, à prestação de serviços, juros e dividendos.
2. Deduções de impostos e tributos sobre a venda (-)
Todas as devoluções de vendas, os descontos incidentes sobre vendas e, ainda, o abatimento de impostos (ICMS e ISS) são dedutíveis da receita.
3. Receita operacional líquida (=)
A receita líquida é o valor obtido da operação cujas variáveis foram descritas anteriormente, a Receita diminuída das Deduções.
4. Custo da prestação do serviço ou dos produtos vendidos (-)
O custo de produtos vendidos e o custo dos serviços prestados é a relação de todas as despesas relacionadas à fabricação, produção de um determinado produto ou prestação de um serviço que será prestado.
5. Lucro operacional líquido (=)
O lucro operacional líquido é o resultado da diminuição da receita líquida do valor que é gasto a fim de produzir um produto ou de prestar um serviço.
6. Despesas operacionais (-)
Todas as despesas relacionadas à operação de uma empresa, como o valor do aluguel, conta de energia, água, internet ou telefone são descontadas do valor do lucro líquido da operação.
Folha de pagamento e despesas relacionadas à operação, como marketing, por exemplo, também são aqui lançadas.
7. Despesas financeiras líquidas (-)
As despesas relacionadas às operações financeiras de uma empresa – juros, multas, taxas bancárias, taxas de importação e qualquer outra que se aplique – são também subtraídas do lucro operacional líquido.
8. Resultado operacional antes do IRPJ e CSL (=)
A diferença entre o resultado do lucro operacional líquido e todas as demandas que decorrem sobre ele, que são as despesas financeiras e operacionais são aqui demonstradas e sobre elas, então, serão descontados os impostos.
9. Provisão para IRPJ e CSLL (-)
Do resultado operacional acima descrito decorrerão, então, os impostos de IRPJ e CSLL, aplicáveis à operação.
10. Resultado líquido do exercício (=)
O resultado líquido é obtido a partir dos cálculos acima dispostos, sendo esse o lucro de fato que uma empresa teve no período analisado pela DRE.
A DRE, neste caso, é como um instrumento que ajuda você a compilar os principais indicadores financeiros da organização e entender, de uma vez por todas, sua situação financeira!
Como um software adequado pode ajudar na elaboração da DRE?
Algumas empresas, até mesmo de menor porte, possuem várias receitas e despesas diferentes.
É um volume de dados muito grande a ser considerado — isso sem falar nos impostos e demais deduções que enchem as planilhas.
Sem automação, é quase impossível garantir assertividade nos dados, concorda?